23/05/2008

os céus de brasília

De manhã a lua é branca, bem lá em cima junto ao céu muito azul que não possui nuvem alguma...Com os raios quentes do sol, se aquece o corpo coberto pelo frio da madrugada e com as janelas abertas do quarto, se percebe a cor que se recebe ao deixar entrar a luz. Logo ao lado se encontra ali deitado, o companheiro cheio de pêlos brancos, cara amarrada, patinha debruçada.

Ao olhar para o outro canto, as marianinhas são amarelas de doer, os sapatinhos de judia começam a me preencher e mais uma vez aquele cabelo de velho me faz sorrir. Segurando uma caneca de café, com a pequena bolotinha branca ao lado e de pé esticado, começo a entoar uma canção conhecida pelo sol. Olhando mais à frente, encaro os coqueiros, as mangueiras e ipês...vejo a carambola, a pitanga, o lilás acentuado do Buganville.

Junto à cerca viva, feita de plantas hepíftas, encontro as maiores flores que já vi, são vermelhas e amarelas...logo ao lado, vejo uma toalha verde-oliva pendurada no portão branco.

Se caminho para o lado esquerdo, avisto o orquidário que fica logo depois do caminho das onze horas, e bem na frente dele está o abacateiro...............Se caminho para o lado direito, avisto os seis cachorros deitados sobre a grama muito verde, de barrigas para cima, se alimentando da luz do rei.

Olhando mais longe, logo abro um sorriso ao imaginar que, em tão pouco tempo, os perfeitos antúrios deram a luz à filhotes saudáveis e, hoje se colocam à mostra na estufa, alternando as cores vermelhas e brancas por mais de 100 passadas para o fundo.

Então eu paro. Olho pro 'nada' e o que vejo?
Borboletas!!
De todas as cores...aqui não há privilegiados, vive quem quer, voa quem pode, salta quem consegue. Passo o dedo pelo chão e já encontro insetos bem menores, olho para a parede, vejo uma aranha, olho a cerquinha mais à frente, vejo um bem-te-vi de cara pra mim.

A tardinha, os pássaros fazem a festa na pitangueira e enquanto vou aguar as plantas com seus estômatos abertos, percebo que anoiteceu e que há uma coruja bem grande no lugar do pássaro na cerca e uma lua bem mais amarela lá no alto desse céu que é tão perto do meu chão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário