18/10/2008

... aí você vai até lá para se arriscar em pálidas estradas e sentir onde o vento promete cortar, para se descobrir em púrpuros raios de desejo que te concedam a liberdade. Mas a minha boca encherá a tua no primeiro brilho do sol, preencherá tua coluna arrancando teu céu e você subirá em meus galhos como sangue, enamorando-te em minhas pétalas. Ainda com o dia claro, responderá à minha paz, imaginará meus cachos em suas mãos e viverá ainda mais maduro que um fruto a força da correnteza que desagua em mim. Quando a lua aparecer, dormirá com meus sonhos, viajará pelos jardins comigo e perceberá apenas o meu cheiro. Ao voltar à luz da sua vida, terás aurora repousando em teu peito, claridade em terra firme, alimento para mais um ciclo e coragem para se fazer notar que aqui sim os pássaros cantam quando reconhecem que eu não só vivo na primavera.

7 comentários:

  1. Como sempre, fico de queixo caído com a facilidade que você tem em lidar com as palavras e em determinadas circunstâncias.

    Gostei muito!
    Você fez muito bem em voltar a escrever e divulgar este blog, a gente merece!

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  2. Esse é menos romântico, hehehe.
    Parece que tem um orgulho maior, sei lá...gostei do jeito que ele foi escrito.
    muito bom luaaa!

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  3. eu gosto de mostrar às pessoas como elas são infelizes e como nada tem solução e que não vale a pena ficar rodando atrás de coisas inacessíveis, porque eu acho que se elas aceitarem isso poderão ser mt mais felizes do que poderiam indo atrás de sonhos...

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  4. mas só pra constar: adoro seus textos e são infinitamente melhores do que qualquer coisa q escreverei!
    parabéns!

    =*

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  5. talvez eu goste dos seus pq o jardim do vizinho é sempre mais bonito e porque você escreve de um jeito que eu não consigo!
    uhauhauhauhauhuhahuaa

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