01/01/2011
coisa de ligação
Tu aí sentado, emaranhado entre goles e afins, tu que não dorme, que se movimenta e transcende a madrugada. Engendrado, tampouco acariciado, transcreve em linhas fortes o que se faz desejo quando do outro lado, cá estou de vestes púrpuras a esperançar tua vinda, minha cruz. Logo se encontra em tua cama e apronta mais um desatino, é medo de espinho, é pensamento de pecado; pois identifica entre os dedos a vontade de enxergar através de um mágico olho, o futuro exagerado de um signo explosivo e travado em socorro. Tua distância é mínima quando penso em presença, tua essência, um abraço na fotografia definida como a única constante de um relacionamento sentido.
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