01/01/2011

galhos e sementes

Procuro expandir-me aos arredores e estancar no meu sangue as perspectivas para o que me proporciona a seguir. Tenho até grandes expectativas, mas por isso não me acredito somente em sonhos. Preciso ser, preciso me conter, além de sentir, preciso estar. Eu celebro a minha festa que tem nome de crise, mas se ela só acontece internamente, nada tenho a desmentir sobre os meus próprios sentimentos, pois são eles encantos, desafios, desenganos, são tantos. Não descarto a espera porque sinto como gente, respiro feito árvore, eu tenho semente e pertenço aos meus galhos. Tenho atos, detalhes, permissões; tenho quase a perfeição que transpõe-se no organismo em forma de escolhas, de envolvimento; é sangue, é mudo, contudo, não é lento. Quero contato com novos braços, quero espaço para me dilatar para o mar, enxergar no fundo o meu desejo de transformação, quero ação, tenho porém a certeza que me leva, que me solta, me afoga, ela me sustenta. Há necessidade de atravessar e embarcar em novos destinos, de experimentar novos sabores, sentir o valor da real existência, pois minha sobrevivência: a concisão, me livra dos apegos e serei novos ensejos, cuja bela sucessão me festeja aqui dentro a parte que me cabe sem objeção. Agora tenho no interior do tronco um objetivo, pois dele retiro, me agito, constato e saio sem exatidão; meus ramos são fortalecidos num todo e permanecem sugerindo alguns laços a serem apertados e, quem sabe estes encontrem os grãos e por isso me façam germinar numa nova terra.

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