22/08/2011

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Tão absurda é a tua língua que se desprende do céu ao tocar palavras miúdas como prosa popular. Que pergunta se acha livre quando no teu âmago se sente segura e como uma passiva nota se encontra em possibilidades de pessoas?

Tenho admirado seus movimentos curtos, tenho enxergado seus olhos fundos que compreendem de formas e afirmam o meu lado escuro. Seu nome me lembra tudo que é sereno, assim como guia poética sem pensar e de tão perfeito, torna-se meu agito que chego a ouvir sopros pelo ar. Na segunda estrofe eu já sabia que o verso era seu e quando me olhas de lado, indicas bem querer.

Naquela estrada apareciam cores em azuis infinitos, onde iluminavam os campos verdes da cor do seu chapéu. A pele branca não era algodão só porque escolheu ser sua e a brisa forte era mais vestida que nua. Logo lá embaixo era a distância que soava clarinete por toda a vida, empurrando a chegada pra cada vez mais perto. De lado repouso minha cabeça para te escutar melhor e de perto você fala mais baixo que aquilo era em tom maior. Quanto irá de mim pra lá? Se importar, então...o que será de uma canção se não for pra criar a nossa melodia a tocar os sabores daquela nossa antiga sinfonia?

Um comentário:

  1. Oh, que escrita mais d'alma!
    Com essa tua prosa
    escreveria versos sem-fim
    pois toca
    não apenas a música transversal
    que ela se refina a cada palavra -,
    mas, porque me leva
    para caminhos,
    imagens,
    momentos que passamos
    ao lado ou ao largo
    de um abraço que se espera
    e desespera
    porque ainda não é primavera!

    Beijos,

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